Este artigo apresenta um estudo sobre quatro cartas da pianista brasileira Magdalena Tagliaferro (1893-1986) enviadas na década de 1980 a seu amigo, o pianista e professor Abgar Campos Tirado. A interpretação dessas cartas desvela questões relevantes sobre o protagonismo feminino na prática pianística, as quais, entrecruzadas com as tensões socioculturais daquele período, contribuem para compreensão do campo musical na interface do biográfico, do gênero e do histórico.
Palavras-chave: Magda Tagliaferro; correspondências; escrita de si.